segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Nunca desista de seus sonhos


Por Suelen e Jéssica Farias do Nascimento / 
Para falar de determinação, o PalavraSoltasNoAr apresenta pra você a matéria sobre o Audacioso ABRAHAM LINCOLN (1809 - 1865)
De origem humilde, o pequeno Lincoln aos sete anos já trabalhava no campo.
Aos nove anos ficou órfão de mãe, do qual sempre mencionava que havia tornado-se seu anjo particular de guarda.
Com uma vida difícil, trabalhou em vários empregos de barqueiro, balconista a chefe de correios. Nas horas de lazer dedicava-se a leitura, sua grande inspiração.

Bancou seus estudos e a Graduação em Direito. 
Ainda jovem montou seu próprio negócio, resultado? Falência.
Pensou em novas perspectivas, saltou do mundo dos negócios para o da política. O resultado das urnas? Foi derrotado.
Voltou novamente a investir em outra companhia própria, outra decepção...
Estava decidido a ser Deputado Federal, esperançoso veio à apuração: Não conseguiu.
Tentou novamente... Perdeu.

...Virou chacota das pessoas...
Queria agora o Congresso, perdeu novamente.

Tornou-se conhecido como “O Senhor Fracasso”, mas mesmo assim não se intimidava, dessa vez, tentou a Vice-Presidência, ... isso mesmo, a Vice-Presidência dos Estados Unidos, RESULTADO ... ainda não foi dessa vez...


Foram tantas, mais tantas derrotas... (no plano particular perdeu também sua noiva; após a morte da amada, cai em depressão...)  

Até tornar-se o 16º Presidente dos Estados Unidos da América (após tantos insucessos...).

Em sua campanha política algo interessante era que não haviam promessas.
"Imagine um político sem promessas... Impensável, né?!! Não para esse sonhador.

***
São dele frases como:
Em seu discurso sobre a democracia, definiu-a como um governo do povo, pelo povo e para o povo.
Defensor assíduo da Libertação dos Escravos, na Declaração de Independência dos EUA, disse ao fazer menção ao tema: Todos os homens são criados iguais.
Na eleição ao Senado de 1858, Stephen Gouglas, o chamou de “duas caras” por sua imparcialidade sobre diversos assuntos, a resposta de Abraham foi: Se tivesse mesmo duas caras, por que o senhor acha que eu estaria usando está?”.

***
...Era conhecido como esquisitão, de voz esganiçada, mal vestido... Atributos necessários para um político não ser eleito...

***
No ano de 1842, casa-se com Mary Todd.
Em 1843, 46, 50 e 53 nascem seus filhos respectivamente: Robert, Edward, Willie e Thomas.
Lincoln era "notavelmente apaixonado pelas crianças", e o casal não era considerado rigoroso com seus filhos.
Edward morreu em fevereiro de 1850 em Springfield, provavelmente de tuberculose. Willie em 1862. O quarto filho, Thomas morreu aos 18 anos.
Robert foi o único a viver até a idade adulta e ter filhos. Seu último descendente, o neto Robert Todd Lincoln Beckwith, morreu em 1985.
                   Fonte:Wikipédia - AbrahamLincoln
 
 ***
 
Na época em que Lincoln assumiu a presidência, estava ocorrendo a Guerra Civil norte-americana, descrita no livro “E o vento levou...” de Margaret Mitchell.
A guerra consistia nas divergências entre o sul e o norte dos Estados Unidos, enquanto o primeiro era escravocrata, e contrário as tarifas protetoras; o segundo era bem desenvolvido e opositor das ideias do sul.
Com a vitória nas eleições do presidente Abrahan Lincoln, os direitos do norte, foram favorecidos. O conflito sangrento resultou na morte de 970 mil pessoas.
Fonte: Wikipédia
 ***
Na revista Aventuras da História de Ago/2013, como matéria de capa, intitulava “As 10 Pessoas que mudaram o mundo: e o que seria da humanidade sem elas?”, é descrito que sem Lincoln, é possível que a escravidão continuasse até o século XX, tanto nos EUA, como aqui. O país americano seria atrasado, agrícola e isolado, e tornar-se-ia difícil prever o que ele se transformaria após a Segunda Guerra Mundial.
O sonho Lincoln terminou no dia 14 de abril de 1865, no Teatro Ford, em Washington, onde estava o ex-ator, John Wilkes Booth, escravista radical, que atirou com uma pistola na nuca do então senhor presidente, que morreu na manhã seguinte.

*** 

Há alguns anos atrás li o livro “Nunca desista de seus sonhos” de Augusto Cury, do qual descreve quatro personalidades que não desistiram da luta.
O esquisitão Abraham foi uma dessas personalidades mencionadas... mais que merecido.
Desta forma, decidimos escrever sobre ele que é considerado ainda hoje o “Melhor presidente dos Estados Unidos”, seu legado foi tão marcante que contribuiu décadas mais tarde para as lutas raciais de Martin Luther King, que deu prosseguimento ao que Lincoln havia começado.

*** 

Terminamos com um breve texto que descreve a personalidade deste gigante homem de 1,93 de altura:

Quando Abraham Lincoln foi eleito presidente dos Estados Unidos houve um forte constrangimento das classes dominantes.
Afinal, ele era filho de sapateiro e iria dirigir pessoas de famílias tradicionais.
Ao fazer o seu primeiro discurso no senado, um político muito arrogante aproximou-se e disse em alto tom de voz:
- Antes de o senhor começar, eu gostaria de lembrá-lo de que o senhor é filho de um sapateiro.
E todos riram imediatamente (é que no fundo, todos queriam humilhá-lo, já que derrotá-lo não havia sido possível).
Lincoln sorriu, com voz pausada e com a segurança de um vencedor, mas sem jamais esquecer sua origem, respondeu:
- Obrigado por lembrar-me de meu pai neste momento. Eu procurarei ser um presidente tão bom quanto o sapateiro que ele foi.
Eu me lembro de que meu pai sempre fez os sapatos de sua família, se os seus sapatos apresentarem algum problema, você pode trazê-los e eu os consertarei.
Desde cedo aprendi a consertar sapatos e agora que meu pai está morto posso cuidar dos seus.
Aliás, se algum de vocês tiver um sapato feito pelo meu pai que esteja precisando de conserto pode trazer para mim. Mas de uma coisa estejam certos: eu não sou tão bom quanto ele.
                  E seus olhos encheram-se de lágrimas ao lembrar-se do pai.
               Fonte: AbrahamLincoln e o valor da autoestima

Lincoln que não se deixou abater pelos inúmeros tropeços, decepções, sofrimentos durante sua caminhada; seguiu firme, determinado, e conseguiu realizar seu sonho; tornando-se referência na luta obstinada em prol de um ideal.  

domingo, 15 de setembro de 2013

Meu querido amigo, John!

De: Jéssica e Suelen Farias do Nascimento

Muitas vezes não nos damos conta do quanto amamos alguém, até estarmos em uma situação em que podemos perdê-la a qualquer momento...
 ***
Meu querido vô é uma pessoa relativamente jovem, atlético e super de bem com a vida.
Desde que me entendo por gente, é muito, mas muito difícil não vê-lo diariamente, acho que o máximo que ficamos sem sua presença, foi um mês, ano passado (2012), quando foi em uma viagem à Londres para visitar nosso tio, tia e o pequeno Ben.

Não há palavras para descrevê-lo; afinal, amor não se define, se sente.
Nosso querido vô João é um homem pra cima, muito trabalhador – tem em suas belíssimas mãos as marcas do trabalho.
É da geração pós guerra. Ainda pequeno, perdeu seu pai com apenas 02 anos de idade, e devido a difícil situação da época para uma mulher, sua mãe pediu para um dos irmãos dele, este já casado, que o levasse até ela ter condições de busca-lo.
Sua mãe era muito carinhosa e determinada – como meu vô sempre diz, “serena e tranquila”, por não ser casada no papel, registrou todos os seus 08 filhos com o sobrenome de solteira “Farias”.
Os anos se passaram; ele foi crescendo e amadurecendo – histórias, muitas delas impactantes, não faltam. Seu primeiro trabalho deu-se aos 14 anos e até ano passado (mesmo aposentado) não tinha parado ainda...
Com 20 anos casou-se com a minha vô; tiveram cinco filhos, quatro mulheres e um homem, destes possui oito netos: seis meninas e dois meninos.

Sempre companheiro e amigo de todas as horas..., o cafezinho do vô com leite em uma xícara grande para disfarçar – como ele diz “a quantidade” é sagrada. E olha que ele faz um percurso grande passando por todas as casas... só não é “cheinho” pq trabalha tanto quanto se alimenta, ou seja, muitoooooooo!!!  hehe

Depois de uma breve, mais breve introdução, na penúltima quinta-feira, de ago/2013, dia 22, o vô depois de passar na casa da minha tia (que mora pertinho), e da nossa, foi para casa depois das 18h, chegando lá resolveu forrar a construção que está fazendo atrás de sua residência. Minha vó pediu-lhe para que deixasse para outro dia e fosse tomar banho. Nesse meio tempo ela foi buscar sabão em pó para lavar o restinho da roupa que tinha; em frações de minutos - tempo de  ela chegar dentro de casa... ouviu um “estrondo”, ao chegar às pressas no local, viu o vô João estirado ao chão... muito sangue, ele agonizando.
Meu avô havia caído do andaime que estava há uma altura de quase quatro metros com a cabeça no contrapiso (sem se defender)... Ele não reagia...
No desespero, minha vó saiu pela rua pedindo ajuda; o socorro veio rápido, em minutos o Samu chegou. Dentro da ambulância meu avô, uma tia e a equipe de socorristas.
Assim,  naquele inicio da noite daquela quinta-feira, o valente João, inacreditavelmente estava sendo levado ao hospital em estado extremamente gravíssimo.
Diagnóstico confirmado pelo médico ressaltando a probabilidade de morte. 
Estávamos todos lá... orando e pedindo ajuda. Podem ter certeza que promessas por um milagre não faltaram.
Invocamos a intercessão de Nossa Senhora, porque só ela poderia intervir naquela situação junto a Deus.
Conversei com ela, rezei com uma fé e com tanta força pelo milagre;... não tinha o que fazer, coloquei o vô nas mãos de Nossa Senhora, e fiz uma promessa: “Que o vô ficando vivo iria testemunhar o milagre, e aqui estou fazendo”.
As orações feitas durante aquela interminável noite, foram à poderosa “Maria passa na frente” e “Maria Desatadora dos Nós” juntamente com o precioso rosário.
Às três horas da manhã, o médico pediu para um dos familiares conversar com ele; foi um sobrinho. Na volta disse-nos que o estado do vô era tido como gravíssimo, porém estável e que tendo vaga na UTI, ele seria transferido para aquele local...
Às 06h30 ele foi transferido; minha vó que é hipertensa estava imóvel... minha mãe ainda não tinha parado de chorar... (é que o vô é nossa referência, nosso amigo, super herói, conselheiro, nosso porto seguro... ).
  ***
Todos estávamos realmente abalados...
Na sexta-feira, começaram as visitas ao quarto com duração de 30 minutos. Como estávamos em grande quantidade de pessoas (filhas, genros, netos, irmãos, sobrinhos); neste dia minhas outras três tias conseguiram entrar, juntamente com a vó.
Nós, lá de casa, fomos diretamente para a capela. Uma mulher que estava rezando o rosário, foi perto da minha irmã e disse que não era para ela chorar, pois a mãe dela que tem 82 anos fez uma cirurgia de coração e ela tinha certeza que ia se salvar; apontou então para o rosário, e disse-nos para confiar em Nossa Senhora que ela já estava passando na frente, Deus iria operar milagre.
O médico falou para minha vó, que às 15h de todos os dias estaria falando com ela sobre o estado do vô. Na sexta ele disse que o “Seu João” estava sedado, e que haviam várias possibilidades de sequelas tanto na cabeça, quanto também, a probabilidade de ficar tetraplégico ou paraplégico; dentre outras citadas.
Nesse dia nenhuma das filhas do vô conseguiu ir trabalhar...ficamos de prontidão no hospital.  (tínhamos que ficar lá... pertinho dele, emanando orações e boas energias)
Então, ficávamos na igreja.
No sábado foi o dia que conseguimos ver o vô, fizemos às 15h um revezamento de três netas. Quando o vi naquela situação, meu pensamento foi sair urgentemente do quarto, porém tínhamos que aguardar o doutor.
Quando o médico chegou, falou que o vô estava se recuperando bem, e que precisariam fazer mais outra tomografia para verificar se ficaria alguma sequela, devido a parte mais afetada ter sido a cabeça.
Minha vó agradeceu-o, porém ele enfatizou que não deveria agradecê-lo, e sim a Deus, pois o marido dela estava vivo por obra divina, ele descreveu como “um milagre”, considerando a gravidade do acidente, o local que machucou e a idade do paciente.
No outro dia meu vô começou a se movimentar, cumprimentar e entender o que os filhos, sobrinhos, netos estavam falando, porém sem poder falar. Entraram no quarto nesse dia os sobrinhos do vô, filhas e a vó.
***
Na tarde da segunda-feira, dia 26 de agosto, milagrosamente, ele saiu da UTI, no quarto sempre haviam muitas pessoas querendo vê-lo e conversar com ele (é um perigo pq o homem é muito hiperativo).
Na sexta da mesma semana, o nosso herói recebeu alta hospitalar. Começou então, a saga para poder andar e comer novamente (teve que reaprender)...
E como Deus não faz a obra pela metade, nosso vô João, hoje está caminhando, falando, comendo, conversando, ...nenhuma sequela, tudo perfeito. Um verdadeiro milagre divino!
***
Obrigada Deus!!!
Muito obrigada Nossa Senhora!!!
Pela pessoa bondosa e querida que é o vô... tenho certeza que não faltaram orações, o que colaborou em sua recuperação tão rápida.
Obrigada a todos/as, sabemos que o bem emanado também é retribuído...

Assim, quero dizer à você que, nas adversidades da vida, confie sempre em Deus, ele é o Pai que jamais nos desampara!!! O vô João foi um presente que recebemos novamente, e nem sempre isso acontece (bem sabemos); mas o nosso Deus sabe o quanto precisamos do Sr. João Paes de Farias, e por isso agradeceremos eternamente. 



Na trilha
Na trilha... Rewriting the Life

Noite linda de setembro: Recordações singulares

Por Suelen e Jéssica Farias do Nascimento - 




Quase fim de inverno, na noite de domingo foi possível ver a Lua com o encantador planeta Vênus – a nossa Estrela D’Alva, dando um lindo show no céu, e o lugar para a bisbilhotada era gratuita, podendo ser visualizada em qualquer lugar com acesso a bela noite de domingo, de 08 de setembro...

***
Uma história que tinha tudo pra dar errado:
Giuseppe e Anita Garibaldi!
E essa linda imagem inspirou-nos a falar um pouco da história de amor entre um revolucionário italiano e uma jovem catarinense, chamada Ana.

Em uma visita realizada em Laguna há alguns anos atrás, fomos ao “Museu de Anita” o lugar foi ambientado nos conformes do século XIX.
Detalhe, grande parte dos utensílios e objetos não são de propriedade real de Anita, nem a casa; essa era uma residência de costura da qual a mocinha Ana Maria de Jesus Ribeiro fez sua prova de vestido para seu casamento com o sapateiro Manoel, do qual desposou com apenas 14 anos.
Embora o grande sonho da maioria das mulheres fosse o casamento. Ana não era feliz; das emblemáticas mocinhas de contos de infantis, ela também queria um grande amor.
Quando seu marido foi requisitado pelo império, o destino encarregou-se de cruzar a jovem – agora com 18 anos com o aventureiro Giuseppe Garibaldi, experiente e mais velho que Ana, mas como o coração é puro...pois é não é preconceituoso... Foi amor a primeira vista...
Ana tinha que lutar não só com relação aos seus sentimentos como também o convencionalismo ligado ao fim de seu casamento; afinal mulher “apartada” era considerada meretriz para os olhos pudicos de seus contemporâneos.
Ela tinha que decidir. Movida por sua razão e conduzida pela emoção, buscou sua felicidade, até então desconhecida, com Garibaldi.
Anita (apelido que ganhou de Garibaldi, pois este não conseguia pronunciar seu nome Ana), tornou-se sua mulher e parceira de batalhas... e não foram poucas...

Em Imbituba recebeu o batismo de fogo, quando a expedição corsária foi atacada pela marinha imperial do Brasil, na famosa batalha naval de Laguna contra Frederico Mariath; em Curitibanos, foi feita prisioneira, no entanto em um instante de distração dos guardas, tomou um cavalo e fugiu.
Em 16 de setembro de 1840, nasceu no estado do Rio Grande do Sul, o primeiro filho do casal, que recebeu o nome de Menotti Garibaldi. Doze dias depois, o exército imperial, comandado por Francisco Pedro de Abreu, cercou a casa para prender o casal. Anita fugiu a cavalo com o recém-nascido nos braços e alcançou um bosque aos arredores da cidade, onde ficou escondida por quatro dias, até que Garibaldi a encontrou.
No Uruguai, legalizaram sua união, na igreja de São Francisco de Assis, em Montevidéu.
Lá nasceram os outros três filhos do casal: Rosa, Teresa e Ricciotti Garibaldi.
Na Itália, lutaram novamente juntos, desta vez pela Unificação Italiana, Anita e o esposo tinham que enfrentar a guerra e lutar para salvar o território italiano. Mesmo grávida do 5º filho, ela enfrentou tudo até o fim.

Sua história só se tornou reconhecida graças ao livro autobiográfico de Giuseppe Garibaldi “Memórias”; este com pouco conhecimento poético encontra-se com Alexandre Dumas, escritor e poeta francês; e lhe pede que descreva seus feitos, entregando ao escritor, seu diário de anotações.
Não seria mais primorosa as mãos das quais ele passa a confiar sua aventuras, não?
Alexandre Dumas é autor de obras sublimes que o grande público tem acesso; seus contos mais populares viraram filmes, são as obras: O Conde de Monte Cristo, os Três Mosqueteiros e o Homem da Máscara de Ferro. Que mundo pqno!
Um encontro primoroso onde duas grandes personalidades daquele século se encontram e trocam “figurinhas”, pena que não haviam paparazzis para imortalizar tal cena...

...Retomando ao assunto, depois de um breve devaneio...
Na obra Garibaldi descreve Anita como uma guerreira, ótima em combate, obstinada, corajosa e destemida.
Como todos sabem Anita morreu com apenas vinte sete anos, grávida de seu quinto filho. Caçado pelos austríacos, sem nem sequer acompanhar o sepultamento da companheira. Os restos mortais de Anita foram exumados por sete vezes. Por vontade do marido, seu corpo foi transferido a Nice. Em 1932, seus restos mortais foram finalmente seputados bo monumento construído em sua homenagem no Janículo, em Roma. 

***
Mês passado li uma reportagem que a bisneta de Menotti Garibaldi, filho de Giuseppe e Anita, veio ao Brasil para buscar informações sobre sua ancestral; Costanza Samuelli Ferretti acompanhada de seu esposo e filhos visitaram, além das importantes cidades gaúchas onde o casal famoso passou, as terras catarinenses; durante a estadia foram realizadas a acolhida e homenagens aos ilustres visitantes.
***
Retomando a viagem que fizemos a Laguna, mas precisamente no Museu, questionamos o porquê de ela sendo essa figura tão emblemática, haver tão pouco sobre sua vida: objetos, cartas, roupas, móveis...Por que tão pouco?
E os instrutores do museu responderam que quando Ana saiu de Laguna era considerada uma mulher como outra qualquer, porém adúltera, e consequentemente discriminada.
Os moradores não podiam imaginar o que anos depois ela tornar-se-ia...
Pensemos: Estávamos lidando com uma cultura imperialista, extremamente machista e patriarcal, outros tempos...
***
Jennifer Lopez, atriz, cantora, famosa pelo merchandize de seus bem sucedidos empreendimentos no show business, declarou seu fascínio pela nossa “Mulan” brasileira, ela que sempre declarou inspirar-se em mulheres fortes, é grande fã de Anita.
Isso é um pequeno exemplo do quanto e de quantas pessoas se deixam inspirar e admirar essa jovem mulher de grandes feitos, tão auto-suficiente a ponto de deixar-se guiar pelo coração e pela eterna busca da felicidade...

Tenho mais orgulho ainda de ser mulher e catarinense por saber que nestas terras passou Anita Garibaldi, titulada outrora, “heroína de dois mundos”.
***
Um caso de amor em terras tupiniquins:
“Ficamos ambos estáticos e silenciosos, olhando-se reciprocamente, como duas pessoas que não se vissem pela primeira vez e que buscam na aproximação alguma coisa como uma reminiscência. A saudei finalmente e lhe disse:” Tu deves ser minha!”. Eu falava pouco o português [...] Havia atado um nó, decretado uma sentença que somente a morte poderia desfazer. Eu tinha encontrado um tesouro proibido, mas um tesouro de grande valor”. (Palavras de Garibaldi quando se encontrou com Anita, retirado do livro “Memórias”).

Ele sacudiu o mundo...

*** Por: Jéssica e Suelen Farias do Nascimento ***
Em 05 de setembro de 1946, nasce em Zanzibar, hoje parte da Tanzânia, um dos maiores nomes do Rock Mundial, Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara. Seus pais eram naturais parsis zoroastrianos de Guzerate, na Índia.
Em 1954, aos oito anos, o garoto foi enviado para estudar na St. Peter Boarding School, uma escola para meninos na cidade indiana de Bombaim. Nessa época, já grande apreciador de música, ele começou a ter aulas de piano, muito influenciado pela cantora local Lata Mangeshkar.
Na escola era conhecido como um aluno exemplar, muito quieto e bastante introspectivo. Possui uma série de trabalhos em arte visual, hoje disponíveis em alguns sites na Internet. Aos doze anos, montou sua primeira banda.
Aos dezessete anos, a família Bulsara, assustada com a Revolução Civil de Zanzibar de 1964, mudou-se para a capital inglesa, Londres, onde ele passou a estudar arte na Escola Politécnica Isleworth, posteriormente ganhando seu diploma como Designer Gráfico. Freddie trabalhou como vendedor de roupas e também foi atendente no Aeroporto Heathrow por um breve tempo.
Em abril de 1970, Freddie se juntou ao guitarrista Brian May e ao baterista Roger Taylor no trio Smile, cujo nome foi alterado para "Queen", e nessa época, Freddie adotou a alcunha "Mercury" como sobrenome artístico, baseado na letra de uma de suas primeiras canções.


Relacionamentos
Raramente Freddie falava sobre sua vida particular para a imprensa, e sua família e amigos seguiam a mesma linha, respeitando sua privacidade.
No início dos anos 70, Freddie namorou uma vendedora de roupas Mary Austin, que ele conheceu por meio de Brian May, que se estendeu durante anos. O envolvimento amoroso  acabou quando Freddie confessou sua orientação sexual para ela, mas os dois mantiveram uma grande amizade por toda a vida. Freddie dedicando a famosa canção "Love of my Life" em sua homenagem, e também sendo padrinho de seu primeiro filho.
Em seu testamento, Freddie deixou para ela sua mansão em Londres, assim como a detenção de todos os direitos autorais de sua discografia o que continua a render a Mary milhões de libras todos os anos, ela ainda vive com sua família na casa de Freddie.
Após o término do namoro, o cantor envolveu-se em outros relacionamentos com homens e mulheres, Freddy tinha uma vida de muita extravagância e colecionava amantes, porém, mesmo assim, o artista sempre deixou claro que Mary Austin foi a pessoa mais importante de sua vida, e que a considerava uma esposa.
“Muitos dos meus amantes me perguntam porque eles não podem substituir Mary, mas é simplesmente impossível. Mary é minha única amiga, e eu não quero mais ninguém. Para mim, é como um casamento. Nós acreditamos um no outro, e é o suficiente para mim”. Mercury sobre Mary Austin.



Quando estava cantando, seus vocais atingiam uma escala de tenor, normalmente variando de Baixo F (F2) para Alto F (F6), quase atingindo a escala soprano, que é feminina.
Freddie também tinha uma grande versatilidade artística, sabia tocar piano, guitarra e violão, tendo tocado esses instrumentos em várias canções do Queen.
Durante as gravações do álbum Barcelona, ele desafiou Montserrat Caballé, uma das cantoras líricas mais conhecidas no mundo, para ver quem possuía maior fôlego. Mercury venceu com uma grande vantagem.


No palco...
Mercury possuía várias marcas registradas que lhe deram notoriedade, quando ao vivo, Freddie cantava usando um microfone preso a metade de um pedestal, como se fosse seu cetro.
Fazia movimentos considerados "teatrais", e durante os concertos, envolvia a plateia em uma sequência conhecida como "chamada e resposta", na qual ele executava algumas notas vocais e, em seguida, a plateia as imitava, permitindo que até as multidões em grandes estádios pudessem participar interativamente. 
A partir dos anos 80 passou a exibir um cabelo mais curto e deixou o bigode crescer, o que se tornou outro de seus símbolos. Logo no começo, devido ao bigode, pessoas da plateia costumavam jogar giletes e espuma de barbear no palco, que o cantor agradecia e guardava no bolso.
Akira Toriyama, fã declarado de Freddie  e criador do anime Dragon Ball, criou o professor de baseball de Gohan em homenagem a Freddie, com a fisionomia que o eternizou.

Homenagens...Fãs...Influências...

O popular cantor David Bowie, que já gravou e se apresentou com o Queen, se referiu a Mercury dizendo que "dentre todos os cantores teatrais de rock, ele foi o único a levar tudo a um outro nível (...) era alguém que podia, literalmente, ter a plateia na palma da mão".
Vários cantores famosos disseram ter no vocalista do Queen sua principal influência, e isso se retrata em artistas do pop e rock mundial, Axl Rose, dizia que se baseava em sua postura no palco, e o uso do piano nas apresentações do Guns N’ Roses; Kurt Cobain, fez uma interessante ressalva em sua carta de suicídio, que admirava a  felicidade que Freddie sentia ao estar no palco. Robert Plant, do Led Zeppelin, declarou que Mercury era o único cantor que, por trás de sua lenda, realmente era uma lenda. O talentosíssimo Paul Mccartney referiu-se a Freddie como "Rei Mercury"; Michael Jackson apontava Mercury como seu cantor favorito.
Atualmente, Katy Perry o apontou como sua maior influência e declarou em entrevista de set/2013 que “Freddie Mercury tornou-a uma mulher confiante”; Lady Gaga criou seu nome artístico baseado na canção "Radio Ga Ga" e descreveu o cantor como sendo um gênio, que conseguia se reinventar constantemente.

Preparativos para o Cinema
Faz alguns anos que se espera a cinebiografia de Freddie Mercury, porém novamente o projeto foi engavetado. A decisão foi tomada depois que o ator Sacha Baron Cohen desistiu do filme.  Como possível causa da desistência do autor, se deve ao fato de que os membros da banda, que têm direitos de aprovação em relação à história e à direção, estariam interessados em um filme que pudesse receber "classificação livre" nos cinemas, enquanto Baron Cohen queria abordar questões mais pesadas e temas mais adultos da vida de Mercury.


Nome de Rainha... Estatus de Rei
A banda teve e tem inúmeras correspondências enviadas a eles.. só que no palácio de Buckinghan, isso certa vez, gerou desconforto.. Afinal, mandavam correspondência para a banda, onde mora a “rainha”

No final da década de 80, Mercury foi afastando-se aos poucos do palco.
Em 1991, totalmente recluso, Freddie era vítima constante do assédio de repórteres, que cercavam sua casa e não iam embora durante dias para conseguir uma foto sua, que estava com uma aparência visivelmente debilitada devido a sua doença.
Um dia antes de sua morte declarou ao mundo sua enfermidade em comunicado oficial, vinte quatro horas depois faleceu em Londres no dia 24 de novembro de 1991.
Mercury era extremamente perfeccionista, talentoso, extravagante, autoritário, porém inegavelmente um grande artista, bela voz... Incomparável. 

Disponível em: Clic.rbsQueen EspanolQueen BrasilTerraWikipédia 

Marginalizadas pela guerra

*Por Suelen e Jéssica Farias do Nascimento* 

Em matéria de set/2013, vinculada ao Portal Terra  Lee Ok-Seon, da cidade de Busan, no sudeste da Coreia do Sul, tinha 14 anos quando foi jogada dentro de um carro e acabou indo parar em um bordel para militares japoneses na China. Após quase 70 anos ela divulga seu segredo.
Em um bordel para militares japoneses na China, chamado de "posto de consolo", sofreu estupros diários até o fim da guerra.
A senhora de 86 anos resume tudo em poucas palavras: "Não era um lugar para seres humanos; era um matadouro".
Segundo Bernd Stöver, um historiador da Universidade de Potsdam, na Alemanha,  de acordo com estimativas, devem ter sido em torno de 200 mil mulheres utilizadas para esta prática, capturadas na Corea, da China, Malásia e das Filipinas.
Os bordéis, que se espalhavam por toda a área de ocupação japonesa, tinham como objetivo manter elevado o ânimo dos soldados e de evitar que as mulheres locais fossem estupradas.
Ela explica que estava completamente isolada do mundo exterior e que não confiava em ninguém. Devido aos estupros muitas vezes, atacadas com facas: "Muitas meninas se suicidavam. Elas se afogavam ou se enforcavam", conta. Lee afirma que também chegou a pensar que essa seria sua única saída. Mas não teve coragem. "É fácil dizer 'eu preferia estar morta'. Mas é muito difícil fazê-lo", explicou.
Lee Ok-Seon optou pela vida e acabou sobrevivendo à guerra. Após a capitulação japonesa em 1945, o dono do bordel desapareceu. As mulheres, de repente, estavam livres, porém confusas e desorientadas e com receio de voltarem para suas casas, devido ao preconceito que poderiam sofrer.
Lee Ok-Seon acabou conhecendo um homem de descendência coreana, do qual ela descreve que a tratava bem, e com quem se casou e passou a cuidar de suas crianças. "Senti que era meu dever tomar conta daquelas crianças, cuja mãe tinha morrido. Eu não podia ter meus próprios filhos”.
Enquanto estava no bordel, ela quase morreu em decorrência de doenças sexualmente transmissíveis como a sífilis. Para aumentar suas chances de sobrevivência, os médicos retiraram seu útero.

Em 2000, após a morte de seu marido, ela sentiu que tinha que voltar para o seu país de origem e tornar pública a sua história. Ela reside próximo a Seul, nas chamadas "casas compartilhadas", que dão assistência a ex-escravas sexuais.
Ao pesquisar seu passado, ela soube que seu irmão mais novo ainda estava vivo. Segundo ela houve uma acolhida em um primeiro momento, porém ele tinha vergonha de ser irmão de uma "mulher de alívio", e não queria ter nenhuma ligação com ela.

***
No site Diplomatique um dado interessante é que somente em 1991 este silêncio torturante foi rompido por Kim Hak-Sung, uma pessoa instruída que declarou publicamente ter sido uma "mulher de alívio". Este primeiro testemunho foi seguido de outros milhares, suscitados e sustentados por movimentos feministas sul-coreanos, em decorrência, deu-se início a processos de indenização contra o governo japonês que, até então ainda negava sua responsabilidade no assunto, proibindo qualquer tipo de acesso aos arquivos sobre os bordéis militares.
No começo de 2013, o governador de Osaka, Toru Hashimoto, chegou afirmar a jornalistas que durante a guerra a escravidão sexual era "necessária" para manter a disciplina entre as tropas. Lee Ok-Seon considera essa declaração grosseira e ultrajante.

Diferentemente da prostituição por livre arbítrio, o uso obrigatório do corpo contra vontade é um crime terrível, afinal, quando não se tem domínio sobre si próprio, torna-se escravo.

***
Ainda neste contexto, no site da Revista Marie Claire  deste mês de set/2013, foi criado o projeto pela empresa holandesa de publicidade Duval Guillaume para o grupo antitráfico "Stop the Traffik" uma performance na zona "De Wallen", local de prostituição em Amsterdã, onde o sexo pago é legalizado.
Nele, quatro dançarinas atraentes e seminuas fazem coreografias atrás de uma vitrine de vidro, enquanto outras duas acompanham os passos no andar de cima.
Em determinado momento, elas diminuem o ritmo e um projetor no topo do prédio explica a causa da ação:
“Todos os anos, milhares de mulheres recebem promessas de carreira de dançarina na Europa Ocidental. Infelizmente, elas acabam aqui. Parem o tráfico!”.

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