sábado, 30 de março de 2013

Leonardo e a Última Ceia


Páscoa é esperança..., constante libertação, é renascimento, recomeço...Vida Nova...


Para celebrar essa importante data, decidimos escrever sobre “A Última Ceia” famosíssima obra de Leonardo Da Vinci que retrata a Consagração do pão e do vinho e o cumprimento da profecia que desencadeou a Morte e Ressurreição de Cristo.



POSSÍVEIS HISTÓRIAS SOBRE A OBRA...
(Verdadeiras ou não vale a pena conferir, afinal nessa época o Brasil nem havia sido descoberto, antiguinha não?!!)

Realizada entre 1494-1498, a obra ficou logo famosa. Além da perspectiva perfeita, que prolonga a sala em 1/3, a grande sacada de Leonardo foi ter escolhido um momento peculiar do Evangelho de João.
A pintura foi feita em gesso seco e, para a infelicidade dos apreciadores da obra do artista, entrou em estado de deterioração em 20 anos, sendo que no ano de 1560 já estava arruinada.
A obra do gênio toscano se transforma quase em uma fotografia, com os 12 apóstolos reagindo de maneira diferente, segundo a própria personalidade, ao anúncio de Jesus.
Leonardo era interessado em retratar a realidade e conseguia representar as reações físicas e emocionais mais profundas com uma perfeição espetacular.

Diante das verdades bíblicas e da inteligência do artista.
É uma obra cheia de lendas e detalhes preciosos, veja abaixo algumas histórias sobre os rostos de Jesus e de Judas:

Quando souberam que Da Vinci pintaria esta obra, centenas de jovens se apresentaram ante o artista para serem selecionados. Ele buscava um rosto que mostrasse uma personalidade inocente, pacífica e ao mesmo tempo bela. Buscava um rosto livre das cicatrizes e os duros traços deixados pela vida intranquila do pecado. Finalmente, após alguns meses de busca selecionou um jovem de 19 anos de idade como seu modelo para pintar a imagem de Jesus. Por 6 meses Leonardo trabalhou para pintar somente o personagem principal da magnânima obra.

Durante os 6 anos seguintes, Da Vinci continuou sua obra buscando às pessoas que representariam os 11 apóstolos; deixando para o final àquele que representaria Judas, o apóstolo que traiu Cristo por 30 moedas de prata. Por semanas procurou um homem com uma expressão dura e fria. Um rosto marcado por cicatrizes de avareza, decepção, traição, hipocrisia e crime. Um rosto que pudesse identificar uma pessoa que sem dúvida alguma trairia seu melhor amigo. Após muitas frustradas tentativas na busca deste modelo chegou aos ouvidos de Leonardo que existia um homem com estas características no calabouço de Roma.
(Outra história relata que Leonardo achou o jovem em um coro de igreja).

Este homem estava sentenciado a morte por ter levado uma vida de roubo e assassinatos. Leonardo viajou a Roma assim que soube e pediu para ver aquele homem sob a luz do sol. Ele se deparou com um homem sem vida, todo maltratado com os cabelos longos caindo sobre seu rosto escondendo dois olhos cheios de rancor, ódio e ruína. Enfim, Leonardo encontrara a face para modelar Judas em sua obra.
Por meio de uma permissão do rei, este prisioneiro foi transladado ao estúdio do artista em Milão e por vários meses o homem sentou-se silenciosamente em frente a Da Vinci enquanto ele continuava dando vida ao personagem na obra de arte.
Quando Leonardo deu a última pincelada de seu quadro, voltou-se aos guardas do prisioneiro e solicitou que levassem-no dali. Mas quando saíam do recinto o prisioneiro soltou-se e correu para Leonardo gritando:
- "Da Vinci! Olha para mim! Não reconheces quem sou?" Leonardo Da Vinci estudou-o cuidadosamente e respondeu:
- "Nunca te vi em toda minha vida, até aquela tarde no calabouço de Roma." O prisioneiro levantou seus olhos ao céu, caiu de joelhos ao solo e gritou desesperadamente:
- "Será que caí tão baixo assim!", depois voltou novamente seu rosto ao artista e disse:
- "Leonardo! Olhe-me novamente, pois, eu sou aquele jovem cujo rosto escolheste para representar a Cristo há sete anos..."

Outro relato conta que o prior do convento, não se conformava em ver Da Vinci parado na frente da obra, observando-a durante tanto tempo. Em resposta às críticas do prior, o pintor afirmou que “os homens de gênio às vezes produzem mais quando menos trabalham, pois esta é a hora em que elaboram invenções e formam em suas mentes as ideias perfeitas que depois expressam e reproduzem com as mãos”. Além disso, Leonardo ameaçou basear-se na figura do prior para criar o rosto de Judas.

Questões interessantes relatadas na Revista Aventuras na História deste mês, relata detalhes contidos na obra, como o saleiro derramado por Judas, símbolo de má sorte e também a percepção de um saco em sua outra mão, possivelmente de moedas, pelas quais o apostolo traiu Jesus.
Outra curiosidade é que a obra é formada pela Santíssima Trindade.
A imagem de Jesus é um triângulo, como também o agrupamento dos apóstolos e as janelas atrás dos apóstolos. 

AS RESTAURAÇÕES DA OBRA 
Em 1517 a pintura estava começando a descamar. Por 1556-menos de 60 anos depois que ele foi terminado - biógrafo de Leonardo Giorgio Vasari descreveu a pintura como já "arruinado" e tão deteriorado que os números eram irreconhecíveis.

Ao longo dos séculos sucessivos a obra passou por vários restauros a ponto dos restauradores dos anos 70-90 terem encontrado 7 camadas dos mais variados materiais das intervenções anteriores.
Foi também durante os últimos restauros que encontraram na cabeça de Jesus um prego, usado para marcar o ponto de fuga usado por Leonardo para compor a perspectiva perfeita da obra.

Em 1796, os soldados franceses que invadiram a Itália atiraram pedras na obra e rasparam os olhos dos apóstolos. O estado era tão lastimável que em 1821 tentou-se retirá-la do convento.

Em agosto de 1943, durante os bombardeios da Segunda Guerra Mundial, o complexo de Santa Maria delle Grazie foi quase que completamente destruído. As paredes laterais do refeitório não resistiram; a Santa Ceia, protegida por poucos sacos de areia, ficou em pé.

Coberta posteriormente por um telão, ainda passou alguns anos a céu aberto, exposta ao sol, chuva e poluição, antes que a cidade e seus monumentos sejam reconstruídos.
A obra, mesmo deteriorada, manteve-se firme após este bombardeio e ainda pode ser apreciada pelos amantes da arte. (Na figura acima, a obra coberta por uma tela depois dos bombardeios de 1943)

De 1978 a 1999 Pinin Brambilla Barcilon guiado um projeto de grande restauração que se comprometeu a estabilizar definitivamente a pintura, e reverter os danos causados pela sujeira, poluição, e as equivocadas tentativas de restauração 18 e 19 do século.


Devido a todos estes problemas decorridos, foi instituída a proibição de uso de filmadora e câmera para os visitantes até...
O italiano, Silvio Berlusconi, tirar uma foto com o presidente russo, Dmitry Medvedev, na frente de Leonardo " A Última Ceia ".
Os dois tiraram a fotografia durante a visita Medvdev a Milão, enquanto Berlusconi estava mostrando ao seu hóspede do mosteiro de Santa Maria delle Grazie, onde Leonardo Da Vinci pintou “A Última Ceia”.
Pelo feito, Berlusconi sofreu muitas críticas... mas, já era tarde.




Essa maravilha do Renascimento Italiano é uma das melhores coisas que você pode fazer em Milão; e requer uma boa dose de organização na reserva dos bilhetes (pelo menos 3 meses de antecedência).

Aventuras na História, Arte e Historia, A última Ceia, São Paulo, ed. Abril, nº 117, abr. 2013, p. 16-17

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